Naufrágio em cruzeiro de luxo mata ao menos 3 na costa da Itália



Navio encalhou em banco de areia próximo à ilha de Giglio, na Toscana.
Autoridades afirmam que pelo menos 70 pessoas estão desaparecidas.

O acidente com um barco de cruzeiro que encalhou em um banco de areia próximo à ilha de Giglio, na Toscana, região central da Itália, deixou três mortos e 14 feridos, informou neste sábado (14) Giuseppe Linardi, o prefeito da região.
As vítimas morreram afogadas, segundo as autoridades sanitárias.
Balanço anterior falava erradamente em seis e até oito mortos confirmados.
Linardi disse que o erro ocorreu por dificuldades em organizar o resgate.
Mas ele afirmou que o número de mortos pode crescer, pois há pelo menos 70 desaparecidos. Estas pessoas poderiam estar na própria ilha de Giglio.
Equipes continuavam trabalhando no navio, que ficou parcialmente virado.
 Não há informação se há brasileiros entre as vítimas.O acidente ocorrido na noite de sexta-feira com um navio da empresa Costa Cruzeiros com mais de 4 mil passageiros, muitos deles estrangeiros, também deixou centenas de feridos.
Segundo a imprensa local, a retirada dos últimos passageiros e membros da tripulação do navio Costa Concordia apresentou complicações.
Um dos passageiros do Costa Concordia disse à imprensa italiana que, por volta das 21h30 (18h30 no horário de Brasília), "todos estavam jantando quando a luz apagou, houve um tranco e os pratos caíram da mesa".
Navio parcialmente submerso após o acidente é visto na manhã deste sábado (14) próximo á ilha de Giglio, na costa da Toscana  (Foto: AFP)Navio parcialmente submerso após o acidente é visto na manhã deste sábado (14) próximo á ilha de Giglio, na costa da Toscana (Foto: AFP)
Navio parcialmente submerso após o acidente é visto na manhã deste sábado (14) próximo á ilha de Giglio, na costa da Toscana (Foto: AP)Navio parcialmente submerso após o acidente é visto na manhã deste sábado (14) próximo á ilha de Giglio, na costa da Toscana (Foto: AP)
Quando a luz voltou, o comandante do navio anunciou uma avaria no gerador elétrico e garantiu um conserto rápido, mas um vazamento de água se abriu no navio, que ficou inclinado.
naufrágio italia 14/1/2012 (Foto: Arte G1)
A tripulação pediu que todos colocassem os coletes salva-vidas e logo veio a ordem para abandonar o navio, disse o passageiro.
Antes disso, muitos passageiros, apavorados, teriam se jogado na água, segundo testemunhas.
Outra passageira, a jornalista Mara Parmegiani, descreveu "cenas de pânico dignas do 'Titanic'", com empurrões entre os passageiros, gritos e choros.
Ela também denunciou o que considerou a falta de preparação da tripulação, afirmando que houve problemas quando os botes salva-vidas foram lançados ao mar e que alguns coletes salva-vidas não funcionaram.
Unidades da Guarda Costeira, navios mercantes e ferrys garantiram a evacuação dos passageiros e tripulantes para a ilha de Giglio.
No total, 12 navios e 9 helicópteros foram mobilizados para verificar se não há ninguém no mar, segundo o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.
O armador Costa Crociera, dono do barco, se declarou "consternado" e expressou seus pêsames às famílias. Indicou que não é possível determinar de imediato as causas do acidente e assegurou que a retirada foi rápida, apesar de difícil, já que estava entrando muita água no barco.
O navio, que partiu na sexta de Civitavecchia, na região de Roma, faria um cruzeiro de uma semana pelo Mar Mediterrâneo com escalas programadas pelas cidades de Savona, Marselha, Barcelona, Palma de Mallorca, Cagliari e Palermo, informou a assessoria de imprensa da Costa Cruzeiros.
O "Costa Concordia", de 290 metros, tem 58 quartos com suíte e balcão, cinco restaurantes, 13 bares e quatro piscinas.
Ainda de acordo com a Costa Cruzeiros, cerca de 1.000 passageiros do Costa Concordia têm nacionalidade italiana, enquanto aproximadamente 500 são alemães e 160 franceses.

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